Durante a semana, a rotina de clássicos ambientes de trabalho. Nos dias de descanso, o desafio de vencer longas distâncias em cima de motocicletas. Muito além de uma alternativa de mobilidade, o veículo de duas rodas representa um estilo de vida, com condutas e costumes próprios. Atualmente, milhares de Moto Clubes disseminam essa cultura no Brasil.
À primeira vista, o estilo marcante, cheio de adornos típicos do rock dos anos 1970 e 1980, desperta curiosidade. Com jaquetas de couro, bandanas, braceletes e anéis com temas típicos do Halloween, os adeptos chamam a atenção.
Depois de um tempo, é possível ver além das caveiras que decoram as motocicletas. No grupo, se encontra de tudo, desde os pequenos modelos, de 125 cilindradas, até imponentes máquinas que chegam a custar R$ 100 mil. Muitos integrantes têm carros e usam a moto por prazer e não necessidade. O nome do grupo também tem história: reflete os diferentes perfis de quem faz parte da ‘irmandade’.
Os mutirões dos desbravadores do asfalto incluem eventos culturais com música, além de doação de sangue e arrecadação de alimentos. Mas o que realmente chama a atenção é o conceito de comunidade.
Ingressar no grupo não é tarefa simples. O “aspirante” passa por avaliação de histórico, no que diz respeito à condução de motocicletas, e de caráter. Transgressões de leis de trânsito ou dificuldade de convivência em grupo são indicativos de rejeição. Por isso, o candidato passa por observação durante vários meses, devendo ser aceito por todos antes de virar membro. O colete é segunda pele. Não é fácil conquistá-lo. Aonde você chega, no mundo inteiro, é bem recebido porque vão saber que você segue essa ética.
O desconforto das longas horas de viagem, passa com o tempo. O mesmo não se pode dizer da necessidade de repetir aventuras do gênero.
Ambiente familiar - Além do asfalto, os integrantes de moto clubes também desafiam tabus e preconceitos. Por conta do visual agressivo, muitas vezes acabam tidos como baderneiros, mas o ambiente do grupo permite até a criação de novas famílias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário